“Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.”
Friedrich Nietzsche
Os avanços tecnológicos provocam grandes impactos na sociedade. Pelo lado positivo, a tecnologia resulta em inovações que proporcionam melhor qualidade de vida ao homem.
É incontestável que esse turbilhão tecnológico têm aproximado as pessoas – derrubando fronteiras e proliferando o amor no mundo virtualizado. Mas, a distância entre os parceiros, pode implicar em armadilhas. Porém, isso não é uma verdade absoluta. Não temos pesquisas e/ou estatísticas que comprove essa realidade.
Com a globalização as pessoas se comunicam e se conhecem com muita facilidade. No mundo digital, elas têm a possibilidade de iniciarem relacionamentos com pessoas do mundo inteiro, seja fazendo novas amizades, iniciando um namoro e algumas chegam até ao casamento.
Quando duas pessoas querem tudo é possível. Mas é importante analisar os indivíduos pelo que eles são, e não somente pelo que eles dizem: ter e ser. Conhecer uma pessoa demanda tempo, ainda mais, quando se trata de pessoas de culturas e costumes diferentes. No entanto, a globalização trouxe verdadeiras teias de romances que cruzam o globo na velocidade de uma libido virtualizada. E é tão instigante conhecer o diferente que, o entusiasmo pode levar as pessoas a ousar muito mais…
Aonde vão as pessoas, o desejo vai à frente, puxando-as. Para o amor não existe fronteiras. E o mundo ficou minúsculo para o trânsito internacional de pessoas. Mais do que em qualquer outra época, hoje se viaja muito pelos vários continentes. Em poucas horas se atinge distantes lugares em voos cada vez mais acessíveis. Em tempo real, os parceiros podem se falar e se ver – via câmeras/web – matando a saudade e continuando vínculos iniciados em algum lugar do mundo. Sem contar que muitas dessas pessoas se conhecem sem ter saído de casa – em redes sociais e sites de relacionamentos. O que facilita essas teias de romances virtualizados
A diferença de idiomas parece obstáculo de menor importância, pois, não raro, há sempre uma língua que ambos falam, senão podem aprender. Aliás, existe uma atração inexplicável, uma linguagem não verbal, sinais, gestos, expressões, que traduzem afetos e sintonias da alma. Sem falar nas opções oferecidas pela internet como os – tradutores de idiomas -, às vezes ajudam um pouco a comunicação. E o contrário do que se pensa: pessoas que falam a mesma língua podem não se entender. Não apenas porque discordam de muitas coisas, mas pelo fato de que as palavras, às vezes têm significados diferentes para cada um. Por exemplo: o que uma pessoa entende por “amor”, “consideração”, “respeito” pode ser diferente do que o outro entende pelas mesmas palavras ditas no mesmo idioma. E isso é fonte de muitos conflitos, que um casal mais afinado, mesmo falando idiomas diferentes, pode não ser acometido. Portanto, é necessário muita sensibilidade e sagacidade com o conto de fadas da era globalizada.
Da mesma forma como é fácil encontrar uma boa pessoa que lhes proporcionem conforto, segurança e uma boa estabilidade, também corre-se o risco de cair em certas armadilhas…
Mas muitas vezes acontece o amor real. Por exemplo: uma viagem, morar um tempo no exterior para estudar e/ou trabalhar e o mais comum e acessível, os encontros no mundo virtualizado. Contudo, as pessoas devem estar conscientes do que enfrentarão pela frente numa relação com alguém de fora. O relacionamento não será impossível, mas certamente, terão que lidar sobre dois universos diferentes. A velocidade e a facilidade com que nos movimentamos e/ou nos comunicamos atualmente, pode nos cegar para a realidade da distância geográfica, das disparidades culturais e entendimentos familiares. Mas nada que um amor ousado não possa ser enfrentado com autenticidade e bom humor.
De forma positiva, poderíamos dizer que a união entre estrangeiros apenas realça diferenças sempre existentes entre duas pessoas, que, por mais que tenham nascido na mesma cidade e morem no mesmo bairro, as pessoas acabam descobrindo que nada têm a ver uma com o outra. A aparente afinidade não passava de um encantamento ou desejo que ambas fossem de verdade afinadas, até pela comodidade. Na realidade, somos sempre estrangeiros uns dos outros, existe sempre um mistério, além das aparências e conveniências, que une duas pessoas e as faz permanecerem juntas. Se pensarmos na problemática da relação entre parceiros de países diferentes, há também, vantagens no estímulo recíproco e no aprendizado mútuo dos diferentes hábitos, tradições e costumes, sem esquecer, é claro, dos sentimentos temperados pelas diferenças culturais.
Dessa maneira, o relacionamento a distância surgiu para facilitar à vida das pessoas, mas jamais uma forma de comunicação substituirá a outra, porque, ambas possuem limitações e relevâncias para os relacionamentos interpessoais.
Andréa Dourado
Seria muito bom se homens e mulheres lessem esse artigo,porque todas as suas palavras traduzem o que todos nós gostaríamos de expressar.Muito bom seu blog e matéria explicativa!Sucesso e sorte!bjooos
Emerson Santana
Meus parabéns, seu blog está muito show assuntos realmente interessantes. E vejo que também nas redes sociais esta fazendo o maior sucesso…
Abraços.
Mara
Muito bacana mesmo Lú! As redes sociais estão de alguma forma ajudando as pessoas se unirem a cada dia mais… Mas temos que ficar atentas, para não comprarmos Gatos por Lebres! rs…
Sucesso querida!
Parabéns!
Bacione
Isabel Esgueira
Parabéns querida Luzziane pelo fantástico blog e pelos temas tão interessantes e atuais.
No meu ponto de vista há vantagens nos relacionamentos virtuais emboram sejam, por si mesmo, diferentes; Mais ou menos intensos, mas o que esta constatação quer dizer é que as pessoas encontraram uma forma de ultrapassar as limitações das relações pessoais.
Devemos, também ter cuidado em como utilizar as ferramentas virtuais na medida em que existe também muita mentira, tal qual como na vida real e isso, eventualmente, pode acontecer e acontece…!
Acredito que as amizades e os relacionamentos afetivos não devem ser baseados exclusivamente na forma virtual. As pessoas sentem-se menos “solitárias e sozinhas”, no entanto, todos nós precisamos de contatos pessoais, como abraços, sorrisos, beijos e toques. A interação direta com o outro permite que os indivíduos se sintam pertencentes a algum grupo real. A ausência disso gera relações cada vez mais distantes, impessoais e outro tipo de solidão. Quem não gosta de sentir um abraço apertado de uma pessoa querida?
Escutei uma história que exemplifica outra vantagem dos dispositivos virtuais. Trata-se de um casal que vive há anos fora do seu país. De vez em quando, eles se sentam à mesa com o computador ligado e “jantam” com seus familiares que moram no seu país de origem. Neste caso, o mundo virtual foi capaz de promover um reencontro e manter o contato entre pessoas queridas que, por uma imposição geográfica, estão distantes fisicamente.
Estamos a viver tempos de novas tecnologias e o importante é sabermos utilizar, a nosso favor, os benefícios que cada tipo de relacionamento promove, de modo que possamos viver mais plenamente e próximos daqueles que amamos, apreciamos e sejamos vir a conhecer, seja de que modo for, porque cada contato tem as suas próprias caraterísticas e diferenças … Há que ter, seguramente, a sensibilidade para poder fazer uma filtragem…
O importante é sabermos utilizar, a nosso favor, os benefícios que cada tipo de relacionamento promove, de modo que possamos viver mais plenamente e próximos daqueles que amamos, sejam virtuais ou reais.