“A vida, tal como a encontramos, é árdua demais para nós, proporciona-nos muitos sofrimentos, decepções e tarefas impossíveis. A fim de suportá-la, não podemos dispensar as medidas paliativas.”
(Sigmund Freud – Pnbor, 6 de maio de 1856 – Londres, 23 de setembro de 1939).
Abordaremos nesse artigo, o autoconhecimento frente às decepções amorosas. O olhar voltado para si mesmo faz com que, o outro não se perca na nossa imaginação.
É possível dar a volta por cima e “pôr do avesso os acontecimentos que vieram à tona depois de uma decepção.”
Não é de se duvidar: uma das consequências mais importantes da experiência humana é a de decepcionar-se com alguém, e, exatamente em razão disso, passamos a conhecer melhor a pessoa. O conhecimento é um fruto salutar da decepção. Assim como o autoconhecimento. A desilusão revela que possivelmente houvesse uma enganosa expectativa, uma observação “falha” da realidade do outro, uma admiração pelo sentimento de amar, mas sem uma visão transparente da pessoa em questão. A decepção retira o iludido da falta de discernimento que se encontrava, logo, limpa sua visão e aguça sua percepção. É uma experiência de “defloramento” da consciência. Dissuadido de sua inocência, a pessoa passa a ver a vida mais consciente. A experiência assusta, machuca, causa dor. Mas também deixa o indivíduo mais sensato.
Se analisarmos é complexo amar alguém que não conhecemos mais detalhadamente. Afinal, conhecer o outro é uma tarefa interminável, da mesma forma nos conhecer é uma tarefa árdua e interminável. Nesse caso, na melhor das suposições ama-se o amar.
Quando a decepção acontece, vem o questionamento: “Onde estava minha cabeça, que não percebia o óbvio?” Uma boa dose de reflexão. Talvez a cabeça estivesse voltada para si, não estando atenta adequadamente com o fator externo. Há quem diga: – “Mas ele (a) expressava coisas agradáveis!” – “Como pode ter virado do avesso?” As pessoas, geralmente, se apresentam de forma agradável, ou relata sempre o que sabe que será bem recebido pelo o outro – deixando a sinceridade de lado – com o simples propósito de conquistar. Contudo, é possível perceber quando se está diante de uma circunstância confiável ou de uma astúcia sedutora e enganosa. Um exemplo: o especial da sedução não convence; e a pessoa simplesmente questiona: “Ele (a) me dá mimos, mas isso não me parece tão convincente é indiferente ou conivente. (É possível também perceber a incoerência entre as coisas que uma pessoa diz e as que faz). Geralmente, a pessoa deixa sinais que possibilita perceber nas nuances dos feitos. Mas, que fique claro, ninguém está livre, de “entrar de gaito num navio” – como diz a música de Os Paralamas do Sucesso.
Mas, a partir do momento, em que uma decepção é sentida com discernimento e maturidade, os sentimentos se estabelecem em bases mais confiáveis. Passa-se a ver a pessoa como se estivesse conhecendo pela primeira vez. Mas é necessário refletir sobre a lógica: quem se sentiria amado de verdade, se não fosse aceito em seus defeitos, qualidades, controvérsias, dificuldades e dores?
É verdade, existem situações em que se descobre ser impossível conviver com as divergências, em razão de não conseguir administrar as diferenças inerentes de cada um. Às vezes, por mais que uma das partes deseja vencer os obstáculos, o outro não possibilita uma convivência harmoniosa. Acontece. Todavia, a vivência da decepção permite a pessoa ficar munida do necessário para viver o mesmo ou outros relacionamentos – com pessoas resolvidas, assim como ela, feitas de perdas e ganhos. Disso não tenha dúvida.
Carmen Quartim Madia
Luzziane minha flor!!
Acredito sim, que podemos mudar o sentimento com relação ao nosso companheiro, mas tem que valer muito a pena, e quem consegue ter essa maturidade, tem que estar muito disposta a mudar a si mesmo, independente da mudança do outro. É um trabalho árduo, doloroso, mas que no final das contas vai fazer mais bem para para a pessoa que fez o movimento do que para o outro, e também corre-se o risco, de nesse momento descobrir que não é nada disso que ela quer.
Em qualquer das situações, o resultado é positivo. E isso vale para outras situações na vida.
Bjs, Carmen
Isabel Esgueira
Querida Luzzianne!
Mais uma vez adorei o tema e o texto! Muito se poderia dizer e acabo por resumir:
Enfrentar e superar os desafios da vida é fundamental, porém sempre existem decepções ou desilusões no amor, como com as amizades ou com a própria família e que pensávamos serem verdadeiras (quer seja nos afectos, nas palavras, nas promessas), enfim, nas atitudes para connosco (negativas) e que por vezes desfiam a nossa força e vontade de confiar!…
E é nesse momento que existe uma reviravolta em nossos sentimentos, se desfazem e já não são o que eram, seja eles dirigidos a quer quer que seja!
Infelizmente, este tipo de desilusão é muito comum e no meu caso pessoal, não poderia ser excepção. Confesso que tenho conseguido superar com AJUDA e quando e se for necessário, recomendo!
Então, com essa ajuda e apoio já se poderá voltar a acreditar que podemos ter bons e verdadeiros amigos, ultrapassar determinadas paranóias familiares, encontrar um grande e verdadeiro amor, se for esse o desejo. Esta é a minha postura!
Beijinhos,
Isabel Esgueira
(Lisboa-Portugal)
katia antonio
Lindona….acho q este artigo tem muito q se pense..rsrrs uiiiiii
o titulo do texto diz tudo….realmente nos deixa mais atenta…este foi o meu caso ….bjos!!! mais uma vz vc mandou ver!!
Perla Oliveira
Recentemente passei por uma situação de grande decepção! Meu marido insiste em dizer que não foi proposital e que foram uma série de circunstâncias que o levaram a buscar a relação extra conjugal. De fato estou me sentindo apunhalada… Como é difícil superar e perdoa-lo. Mas, nas minhas reflexões, realmente eu tive uma parcela de culpa. Estamos sempre revirando essa história quase todos os dias, pois a cada dia lembro-me como ele mentia escancaradamente. Quero começar fazer análise para ajustar a minha vida e entender de forma clara quais sentimentos realmente estou nutrindo nessa relação, pois agora penso na minha felicidade seja com ele, com outro ou mesmo sozinha. E além de tudo, Deus é meu maior analista, e é justamente nele que me fortaleço a cada dia.
O seu texto me fez pensar muito, aliás, me ajudou a entender meus sentimentos. Obrigada!
Mel Bustamante
Querida Luz, mais um belo e interessante texto a nos levar a instantes de reflexão.
Muito poderia-se dizer sobre a decepção…
Por um lado, este e’ um tema que toca profundo em minha emoção, porque sou extremamente sensível a decepção. Invariavelmente ela me cai com muito, muito pesar… principalmente porque, em meu caso, uma vez decepcionada quebra-se um fino cristal na minha relação com o objeto de ‘decepção’.
Por outro lado, é verdade que aguça a visão, mas, se analisada com frieza e cuidado podería-se descobrir que isso pode significar que já “suspeitavamos sem suspeitar”… de algo que em ralidade não queriamos ver.
ainda poderiamos lembrar que a decepção, normalmente, está relacionada às nossas expectativas sobre alguém ou sobre algo… e bem tendemos criar conceitos em nossas mentes que não necessariamente são verdadeiros… Poderiamos estar nos decepcionando por valores ou rótulo que colocamos ou atribuimos à outra pessoa ou coisa.
Conceitos construidos por nós mesmos… Na realidade o objeto de decepção, ou a pessoa sempre foi o que está demonstrando naquele momento… ou aquilo que estamos vendo “bem’ melhopr agora… mas éramos nós que não fazíamos a leitura correta de como ela realmente acontecia.
A mente humana é mesmo muito louca e complexa…
Vale sempre parar um pouquinho e poder viajar nos seus textos, amiga!
Bjs carinhosos.
Mel
Amiga, meu comentario havia seguido antes da revisao do escrito… Seguiu, entnao, duplicado… Sorry!
VALERIA MARTINS RAMOS
Bom Dia!
preciso do artigo falando dos esquizofrenia…por favor se puder me enviar te agradeço…