“Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons.” Sigmund Freud

Você já teve aquela nítida e desprazerosa sensação ao perceber que está se dedicando demais ao outro e esquecendo-se de si mesmo?

Geralmente, indivíduos carentes caem nessas armadilhas em todos os tipos de relacionamentos. E, quando percebem, já estão em um quadro destrutivo, onde a balança do amor próprio se encontra desequilibrada.

São infindáveis doações:
Filhos e suas demandas infindáveis, marido, mulher, namorado (a) e até mesmo ex-mulher e/ou ex-marido, que continuam a sugar os indivíduos doadores – como também -, aqueles parentes aproveitadores. As exigências no trabalho estão sempre crescendo, inclusive, necessita ganhar muito dinheiro para sustentar suas fraquezas, no caso, todos os argumentos citados acima.

Se duvidarmos da veracidade do nosso próprio amor, em que mais poderemos confiar? Mas, às vezes, a pessoa dá tudo que tem, faz tudo que pode, e, mesmo assim, tudo que doa ao outro não é nada diante do seu olhar.
Os indivíduos que se doam demais, pensam que por amar o outro, o outro irá amá-lo tanto o quanto. O que dificulta na mentalidade dos doares é a autoenganação. Os indivíduos que se doam demais têm à mente fantasiosa, acreditando, que é só uma questão de tempo para o outro perceber o quanto ele ama àquela (s) pessoa (s), que é importante (s) para ele – e que o outro – nem que seja um pouquinho apenas demonstrará um gesto de gratidão. Mas se nem ele mesmo sabe se valorizar, como poderá esperar que alguém o faça? É uma questão de seletividade. Todo esforço será em vão se não soubermos a quem nos dedicar. O indivíduo se desapega a partir do momento em que entende que ninguém vai saber cuidar do seu coração tão bem quanto ele. Isto implica dizer, que existem indivíduos bons mundo afora, mas de nada adiantará gastar afeto com indivíduos ingratos.

Não raro são indivíduos que se autoflagelam emocionalmente, somatizando, a ponto de perderem seu maior bem: à saúde.

“Com o tempo, você vai percebendo que, para ser feliz, você precisa aprender a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.” Mario Quintana

É necessário compreender que somos seres singulares, mas vivendo em coletividade. Portanto, a nossa condição humana é vivermos uns com os outros, e não somente – eu – para os outros. Se não houver esse entendimento, o ser humano perde a sua essência – tornando-se marionete – conduzida ao bel-prazer de outros indivíduos. Se você compreender que esse comportamento: autoflagelado não trará nenhum benefício para sua vida, certamente, construirá relações sólidas, sensatas, verdadeiras e com autoamor duplicado. Amor não se compra. Amor se conquista.

Referência:

Fonte própria