É quase impossível conciliar as exigências do instinto sexual com as da civilização.
Sigmund Freud.
Na troca de favores sexuais, que caracteriza a prostituição, elementos sentimentais, como o afeto deve estar ausente em pelo menos um dos protagonistas. Nesta profissão, que é referência como “a mais antiga do mundo”, tem como objetivo trocar sexo por dinheiro. Mas, pode-se cambiar relações sexuais por favores profissionais, informações, bens materiais e muitas outras coisas. Ainda que muitos homens se prostituam, historicamente a prostituição feminina é mais frequente que a masculina.
Sempre existirão profissionais do sexo. Mas, na atualidade, ambos os sexos têm à disposição profissionais do sexo para sem embaraços e complexidade, “preencher a necessidade de alguma coisa básica: falta, carência emocional e desejos insatisfeitos”. No entanto, o que leva a busca de prazer imediato ou consolo? Isso nos faz pensar um sintoma da contemporaneidade, uma vez que, o sexo não é visto com tanto pudor. Na busca pelo prazer imediato existe uma dissociação entre amor profano e sagrado.
Ocorre que o sexo pode adentrar os “desejos e estranhezas” que o sujeito não se tem coragem de satisfazer com o parceiro que se tem: apreço, afeto e consideração. Entra no campo a subjetividade cheia de pudores. Dessa forma, profissionais servem para isso, haja vista é proibido proibir, afinal, não existe desrespeito em um encontro de programa, o objeto é comprado. Às vezes, é um simples desejo de variar, sem se envolver. Evidencia um bom divertimento, sem danos futuros. Percebe-se uma estranheza, mas é uma realidade, pois ainda há homens que, quando amam, não desejam e quando desejam, não amam. No extremo, escolhem profissionais do sexo, pois assim sentem-se livres para satisfazer suas fantasias – e dessa forma – usam essa condição até como um meio para ter mais potência. Existem àqueles que não conciliam amor e excitação.
Muito embora, as mulheres de alguma maneira não se isentam de padecer questões semelhantes. Sobre elas costuma recair maior repressão e advertências para terem cuidado com sexo. O resultado é que uma vez “liberadas” para o sexo, algumas custam se dar conta de que são livres sexualmente. Na contemporaneidade, a mulher tem os mesmos diretos e deveres que o homem – depois que conquistaram o mercado de trabalho -, mas a realidade não é bem assim. O sexo feminino continua a sofrer preconceitos. No limite, há mulheres que não se satisfazem em relações convencionais, até que uma situação de desafio e/ou proibição seja revigorada: um amante, um garoto de programa, alguém que precisam ocultar da sociedade. Semelhante ao caso dos homens, algumas mulheres atualmente se servem de programas para sentirem-se vigorosas e desejadas pelo sexo oposto, pois nesse caso, às mulheres não necessariamente podem estar disponíveis de outra maneira; isso acontece no raciocínio feminino, às vezes por vingança e ressentimento, o que causa a necessidade de êxito onipotente sobre o homem.
Isso é drástico e vazio, pois há uma desvalorização do amor ao sexo – especialmente ao sexo pago -, para além das carências que urgem – reproduz a experiência infantil da criança que é alimentada sem sentir afeto dos pais. É nesse ponto que vem a dissociação entre a satisfação física e a subjetiva. Que pode surgir de uma busca cada vez maior por bens materiais, compulsões sexuais e drogas. Por fim, se a vida não ensinar que o que preenche é a afeição, admiração, respeito, afeto, compreensão, etc. Torna-se impossível a satisfação sexual, pois o sexo só é prazeroso quando ambos são compreensíveis e respeitam um ao outro. Está mais do que comprovado que sexo faz bem à saúde e melhora significativamente o humor. Não é uma crítica a quem exerce essa função, ou quem faz uso dela, mas tem inerente limitação que o programa por si só não é capaz de suprir.
CONCLUSÃO:
Seja como for, refletir sobre a prostituição é aprofundar o debate sobre as relações entre homens e mulheres, o que não pode ser feito sem levar em conta as questões ligadas à posição subjetiva da mulher na sociedade e a hegemonia do discurso masculino dominante.
Independente das razões que o homem procura por este tipo de serviço, quando em uma relação, é preciso tentar entender as questões e razões para que isto aconteça. No relacionamento é importante buscar uma maior intimidade tanto enquanto casal como também uma intimidade sexual, onde os parceiros sintam-se a vontade para expor seus desejos e fetiches, sem julgamentos, de forma que juntos consigam se entender, fortalecendo o vinculo do casal. A relação sexual do casal é vital, sendo um dos aspectos a serem considerados para existir um relacionamento saudável.
REFERÊNCIAS:
Prostituição: artes e manhas do ofício. R. Araújo. Cânone Editorial, 2006.
Mente & Cérebro – Sexo, v. 4 (edição especial), dez. 2008
michele angelillo
Il sesso mecenario (di programma)o occasionale e’ frutto sempre di carenze psico-affettive o conseguenze di queste .Certamente risolve delle esigenze fisiche,istintive.Tampona “un’emergenza”, ma non puo’ riempire i vuoti di altra natura .L’amore,l’affetto ,una sana “quimica” un’emozione non si puo’ comprare con i soldi.
Spesso il dopo lascia una insoddisfazione ed un senso di solitudine piu’ grande di prima.
L’insoddisfazione porta a richiedere sempre di piu’,a superare sempre di piu’ le barriere culturali,etiche in una affannosa ricerca di trasgressione.Sembrerebbe di aver assaporato la liberta’.Ma liberta’ non e’.La liberta’ e’ altra cosa.Si diventa invece cosi’schiavi delle cose,delle sensazioni .Spesso si arriva all’autodistruzione .La liberta’,quella vera, riguarda lo sperito.La completa indipendenza dalle cose.e’ assaporare l’assoluto.
Il concetto di sesso e’ molto connesso a quello di amore.C’e’infatti una interconnessione.
Puo’ esistere sesso senza amore ?certamente.
Puo’ esistere amore senza sesso?Humm.E’ piu’piu’ complesso.Quando si ama si cerca istintivamente anche un legame fisico.Il sesso e’ naturale.e’ parte dell’amore.Ne e’ il completamento.Sempre complimenti a Luzziane per i suoi argomenti interessanti trattati con grande acuzie.
Cléo Pires (Advogada)
Profundo no sei dizer: Amor profano e sagrado. Veja, o nu e a sensualidade humana, sempre foram representados na arte e na música. Como sinal de fertilidade, de virilidade, de castidade ou despudor… Ainda na Roma antiga, Baco, deus do vinho e da orgia, na Grécia, recebia homenagens em festas feitas em seu nome, mais ou menos como o carnaval, hoje, no Brasil. O desejo dos corpos era celebrado. A lascívia sexual, ritualizada. Mas o poder mudou de mãos, e na Idade Média, com o Cristianismo, adivinha de proibições da Igreja Católica quem dizia o que podia ou não fazer. E os desejos provocados pelo corpo eram considerados como manifestações demoníacas a se extirpar. Pois, o paraíso exige castidade…Mas qto aos desejos internos reprimidos? Sim, estes sofrem por questões conservadoras, e estes “profissionais de mentes abertas”, realizam os desejos de seus contratantes , no qual estes, se deleitam nos prazeres mais quentes e profundos!!!Mas no Renascimento, com o advento do Humanismo – o homem como centro do universo, a situação novamente foi se alterando. Ainda que sob a tutela da Igreja, e ao severo moralismo pregado (até hoje), muitos estão na busca do intrínseco prazer em silêncio. E por sorte, estes profissionais estão por aí, mundo afora , realizando as taras desses cidadãos que estão na busca incessante do MAIOR PRAZER…Em nosso íntimo de prazer, o que será que nós buscamos? Será o amor profano ou sagrado?
By Cléo Pires (advogada)
Cléo Pires (Advogada)
Profundo no seu dizer: Amor profano e sagrado. Veja, o nu e a sensualidade humana, sempre foram representados na arte e na música. Como sinal de fertilidade, de virilidade, de castidade ou despudor… Ainda na Roma antiga, Baco, deus do vinho e da orgia, na Grécia, recebia homenagens em festas feitas em seu nome, mais ou menos como o carnaval, hoje, no Brasil. O desejo dos corpos era celebrado. A lascívia sexual, ritualizada. Mas o poder mudou de mãos, e na Idade Média, com o Cristianismo, adivinha de proibições da Igreja Católica quem dizia o que podia ou não fazer. E os desejos provocados pelo corpo eram considerados como manifestações demoníacas a se extirpar. Pois, o paraíso exige castidade…Mas qto aos desejos internos reprimidos? Sim, estes sofrem por questões conservadoras, e estes “profissionais de mentes abertas”, realizam os desejos de seus contratantes , no qual estes, se deleitam nos prazeres mais quentes e profundos!!!Mas no Renascimento, com o advento do Humanismo – o homem como centro do universo, a situação novamente foi se alterando. Ainda que sob a tutela da Igreja, e ao severo moralismo pregado (até hoje), muitos estão na busca do intrínseco prazer em silêncio. E por sorte, estes profissionais estão por aí, mundo afora , realizando as taras desses cidadãos que estão na busca incessante do MAIOR PRAZER…Em nosso íntimo de prazer, o que será que nós buscamos? Será o amor profano ou sagrado?
By Cléo Pires (advogada)
Luzziane Soprani
vivi
SEXO PAgo deveria ser proibido…. Só traz confusao discórdia deslealdade mentiras e depois vira vicio levando a pessoa ao vazio