A Tristeza à sua Moda, ou em Moda a Depressão.
Pra que rimar amor e dor?
Assim, diz o refrão da música do cantor e compositor (Mora na Filosofia) Caetano Veloso.
A busca por explicações sobre a depressão e outros transtornos da personalidade parece ter mobilizado as mais diversas áreas do conhecimento humano. Desde sempre existe uma tendência em classificar pessoas, e é tão antiga quanto à humanidade. Ninguém, absolutamente ninguém, deixa de classificar as pessoas que conhece, ainda que intimamente, involuntariamente e até inconscientemente. Todos nós temos uma espécie de arquivo subjetivo das pessoas que julgamos explosivas, agressivas, simpáticas, sensíveis, desleais, preocupadas, ansiosas, depressivas, histéricas, mentirosas, obsessivas, amorosas e assim por diante.
Faz parte da nossa construção psíquica, manifestar pólos diferentes de emoções. Tais como as emoções positivas: alegria, felicidade, êxtase, ou seja, o ser humano comporta emoções positivas, mas também negativas (tristeza, raiva, pessimismo…), que manifestam equilíbrio ao nosso saudável funcionamento.
Pesquisadores da Universidade de Harvard desenvolvem a teoria, de que os humores sombrios portam uma conexão com a criatividade. Temos como exemplo os grandes artistas, escritores e músicos que sofrem de depressão ou bipolaridade. Acredita-se que a maioria dos casos de depressão não possa ser considerada uma doença. Mas sim um estado de adaptação psíquico a uma nova discussão da realidade, que causa angustia, porém traz uma reação mais centralizada e útil para solução de problemas mais difíceis.
O questionamento deve surgir muitas vezes na mente das pessoas que se relacionam com pessoas depressivas, e que ao ser diagnosticado descobrem outros casos ainda mais graves. Essa situação em geral requer atenção e solidariedade, mas não basta. É imprescindível estar atento ao comportamento de ambos os envolvidos para que a convivência não se torne insuportável.
Que fique claro, o perfil do depressivo não é o mesmo daquelas pessoas que ficaram “tristes” por uns tempos em função de situações que sofreram, mas, sim, daquelas que estão sempre desanimadas e sem coragem. Há uma controvérsia, pois atualmente quase sempre, quando se fala em momentos mais delicados em que as pessoas passam ao se encontrarem mais tristes, a tendência e se falar em (depressão). As pessoas, então, não têm mais o porquê de estar desanimadas ou ausentes em função de situações inerentes à própria vida, pelas quais podem atravessar. É muito comum ser medicadas e, logo, tomarem um remédio para o problema “ser ultrapassado”. Chega a ser bizarro!
Contudo, num relacionamento não seria comum o parceiro (a) apoiar o outro para que sejam capazes, neste momento, de perceber o que está acontecendo e compreender a momentânea situação?
Mas, quando o outro fica frequentemente depressivo, como conviver com o sintoma? É importante saber que não se trata de insensibilidade, desamor, infelicidade no relacionamento. Existem àquelas pessoas que abominam os sintomas depressivos e não suportam ter que enfrentar estas situações, porque obviamente atrapalha o bom relacionamento e a satisfação do casal. Às vezes estes são os que mais sofrem. É necessário cuidar-se para não se deprimir e/ou adoecer junto, pois o desânimo é realmente viral.
Como fica o amor nessa dinâmica? Nesse caso, ninguém é tão poderoso a ponto de excluir as profundezas psíquicas e até biológicas que estruturam uma depressão. Quem está no desespero, antes de qualquer consolação, espera que sua dor seja reconhecida. Porém, é preciso refletir que não podemos evitar tudo, só pelo fato de estar junto do parceiro (a) e, que, por esta razão, ele (a) não teria o porquê de estar deprimido (a). É possível que ninguém finalize sua vida na angustia – hoje, vivemos uma atualidade, onde há mais probabilidades de uma experiência emocional corretiva. A busca por um profissional é sempre bem-vinda!
Mas, é fato, raríssimas pessoas têm a sorte de sentir-se sempre motivadas – olhando de forma sempre positiva para o futuro, como se a felicidade tivesse que ser eternizada. Ora, por ser um estado tão fatigante, é que à depressão é cruel e, realmente, injusta.
Cléo Pires (Advogada)
A –> D.E.P.R.E.S..S.Ã.O, em primeiro lugar, devemos saber lidar com as nossas emoções; em segundo lugar, não devemos censurar por senti-las ,mas sim, julgar a melhor decisão, de como faremos com ela…
Cléo Pires (Advogada)
A –> D.E.P.R.E.S..S.Ã.O, em primeiro lugar, devemos saber lidar com as nossas emoções; em segundo lugar, não devemos censurar por senti-las ,mas sim, julgar a melhor decisão, do que faremos com ela…
Clara Piquet
Campo vastissimo para ampla discussao….gostei do que li, principalmente quando diz que “em alguns casos a depressao nao pode ser considerada uma doenca, mas sim um estado de adaptação psíquico a uma nova discussão da realidade, que causa angustia, porém traz uma reação mais centralizada e útil para solução de problemas mais difíceis.”
Tendo ja passado por essa experiência com diversos casos na familia, concordo que esse possa ser o desfecho para trazer resultados benéficos.
Quando a conexão entre criatividade e humores sombrios nao tenho duvida alguma!
Ser artista e como ter sempre uma bala no gatilho!
Duplo sentido.
Um beijo!
Douglas Moraes
Presumo que a depressão é uma situação que a alma transita e se
despotencializa num espaço de tempo.
Ocorrendo assim um processo de desencantos e desesperanças,aonde
nesse ínterim ficam escassos os mecanismos para uma autodefesa.
O desequilíbrio enfraquece as atitudes do ânimo.
E o íntimo encurralado pela ânsia de não saber se equilibrar no
mundo de um problema torna-se prisioneiro na presença de um fator
avassalador que desarmoniza as emoções. Ou,o estado emocional.
Surge então… O abismo da depressão !
E diante do problema,há uma necessidade de um atendimento com a
inserção de um programa de assistência psico-social.
(Desculpe qualquer deslize da minha opinião) Abraço.
Poeta Rodrigo Schiavini
O ser humano é um conjunto harmônico de energias, constituído de Espírito e matéria, mente e perispírito, emoção e corpo físico, que interagem em fluxo contínuo uns sobre os outros. Qualquer ocorrência em um deles reflete no seu correspondente, gerando, quando for uma ação perturbadora, distúrbios, que se transformam em doenças, e que, para serem retificadas, exigem renovação e reequilíbrio do fulcro onde se originaram. Desse modo, são muitos os efeitos perniciosos no corpo causados pelos pensamentos em desalinho, pelas emoções desgovernadas, pela mente pessimista e inquieta na aparelhagem celular.
Determinadas emoções fortes – medo, cólera, agressividade, ciúme – provocam uma alta descarga de adrenalina na corrente sanguínea, graças às grândulas supra-renais. Por sua vez, essa ação emocional reagindo no físico, nele produz aumento da taxa de açúcar, mais forte contração muscular, face à volumosa irrigação do sangue e sua capacidade de coagulação mais rápida.
A repetição do fenômeno provoca várias doenças como a diabetes, a artrite, a hipertensão, etc., assim, cada enfermidade física traz um componente psíquico, emocional ou espiritual correspondente. Em razão da desarmonia entre o Espírito e a matéria, a mente e o perispírito, a emoção (os sentimentos) e o corpo, desajustam-se os núcleos de energia, facultando os processos orgânicos degenerativos provocados por vírus e bactérias, que neles se instalam.
Conscientizar-se desta realidade é despertar para valores ocultos que, não interpretados, continuam produzindo desequilíbrios e somatizando doenças, como mecanismos degenerativos na organização somática.
Por outro lado, os impulsos primitivos do corpo, não disciplinados, provocam estados ansiosos ou depressivos, sensação de inutilidade, receios ou inquietações que se expressam ciclicamente, e que a longo prazo se transformam em neuroses, psicoses, perturbações mentais. A harmonia entre Espírito e a matéria deve viger a favor do equilíbrio do ser, que desperta para as atribuições e finalidades elevadas da vida, dando rumo correto e edificante à sua reencarnação.
As enfermidades, sobre outro aspecto, podem ser consideradas como processos de purificação, especialmente aquelas de grande porte, as que se alongam quase que indefinidamente, tornando-se mecanismos de sublimação das energias grosseiras que constituem o ser nas suas fases iniciais da evolução.
É imprescindível um constante renascer do indivíduo, pelo renovar da sua consciência, aprofundando-se no autodescobrimento, a fim de mais seguramente identificar-se com a realidade e absorvê-la. Esse autodescobrimento faculta uma tranqüila avaliação do que ele é, e de como está, oferecendo os meios para torná-lo melhor, alcançando assim o destino que o aguarda.
De imediato, apresenta-se a necessidade de levar em conta a escala de valores existenciais, a fim de discernir quais aqueles que merecem primazia e os que são secundários, de modo a aplicar o tempo com sabedoria e conseguir resultados favoráveis na construção do futuro.
Essa seleção de objetivos dilui a ilusão – miragem perturbadora elaborada pelo ego – e estimula o emergir do Si, que rompe as camadas do inconsciente (ignorância da sua existência) para assumir o comando das suas aspirações.
Podemos dizer que o ser, a partir desse momento, passa a criar-se a si mesmo de forma lúcida, desde que, por automatismo, ele o faz através de mecanismos atávicos da Lei de evolução.
A ação do pensamento sobre o corpo é poderosa, ademais considerando-se que este último é o resultado daquele, através das tecelagens intrincadas e delicadas do perispírito (seu modelador biológico), que o elabora mediante a ação do ser espiritual, na reencarnação. Assim sendo, as forças vivas da mente estão sempre construindo, recompondo, perturbando ou bombardeando os campos organo-genéticos responsáveis pela geratriz dos caracteres físicos e psicológicos, bem como sobre os núcleos celulares de onde procedem os órgãos e a preservação das formas.
Quanto mais consciente o ser, mais saudáveis os seus equipamentos para o desempenho das relevantes tarefas que lhe estão reservadas. Há exceções, no entanto, que decorrem de livre opção pessoal, com finalidades específicas nas paisagens da sua evolução.
O pensamento salutar e edificante flui pela corrente sanguínea como tônus revigorante das células, passando por todas elas e mantendo-se em harmonia no ritmo das finalidades que lhes dizem respeito. O oposto também ocorre, realizando o mesmo percurso, perturbando o equilíbrio e a sua destinação.
Quando a mente elabora conflitos, ressentimentos, ódios que se prolongam, os dardos reagentes, disparados desatrelam as células dos seus automatismos, degeneram, dando origem a tumores de vários tipos, especialmente cancerígenos, em razão da carga mortífera de energia que as agride.
Outras vezes, os anseios insatisfeitos dos sentimentos convergem como força destruidoras para chamar a atenção nas pessoas que preferem inspirar compaixão, esfacelando a organização celular e a respectiva mitose, facultando o surgimento de focos infecciosos resistentes a toda terapêutica, por permanecer o centro desencadeador do processo vibrando negativamente contra a saúde.
Vinganças disfarçadas voltam-se contra o organismo físico e mental daquele que as acalenta, produzindo úlceras cruéis e distonias emocionais perniciosas, que empurram o ser para estados desoladores, nos quais se refugia inconscientemente satisfeito, embora os protestos externos de perseguir sem êxito o bem-estar, o equilíbrio.
O intercâmbio de correntes vibratórias (mente-corpo, perispírito-emoções, pensamentos-matéria) é ininterrupto, atendendo aos imperativos da vontade, que os direciona conforme seus conflitos ou aspirações.
Idéias não digeridas ressurgem em processos enfermiços como mecanismos auto-purificadores; angústias cultivadas ressumam como distonias nervosas, enxaquecas, desfalecimentos, camuflando a necessidade de valorização e fuga do interesse do perdão; dispepsias, indigestões, hepatites originam-se no aconchego do ódio, da inveja, da competição malsã – geradora da ansiedade – do medo, por efeito dos mórbidos conteúdos que agridem o sistema digestivo, alterando-lhe o funcionamento.
O desamor pessoal, os complexos de inferioridade, as mágoas sustentadas pela autopiedade, as contrariedades que resultam dos temperamentos fortes de constantes atritos com o organismo, resultando em cânceres de mamas(feminino), da próstata, taquicardia, disfunções coronarianas, cardíacas, enfartos brutais, etc.
Impetuosidade, violência, queixas sistemáticas, desejos insaciáveis respondem por derrames cerebrais, estados neuróticos, psicoses de perseguição, etc..
O homem é o que acalenta no íntimo. Sua vida mental expressa-se na organização emocional e física, dando surgimento aos estados de equilíbrio como de desarmonia pelos quais se movimenta.
A conscientização da responsabilidade imprime-lhe destino feliz, pelo fato de poder compreender a transitoriedade do percurso carnal, com os olhos fitos na imortabilidade de onde procede, em que se encontra e para a qual ruma. Ninguém jamais sai da vida.
Adequando-se à saúde e à harmonia, o pensamento, a mente, o corpo, o perispírito, a matéria e as emoções receberão as cargas vibratórias benfazejas, favorecendo-se com a disposição para os empreendimentos idealistas, libertários e grandiosos, que podem ser conseguidos na Terra graças às dádivas da reencarnação.
Assim, portanto, cada um é o que lhe apraz e pelo que se esforça, não sendo facultado a ninguém o direito de queixas, face ao princípio de que todos os indivíduos dispõem dos mesmos recursos, das mesmas oportunidades, que empregam, segundo seu livre-arbítrio, naquilo que realmente lhes interessa e de onde retiram os proventos para sua própria sustentação.
Jesus referiu-se ao fato, sintetizando, magistralmente, a Sua receita de felicidade, no seguinte pensamento: – A cada um será dado segundo as suas obras. Assim, portanto, como se semeia, da mesma forma se colherá.